quarta-feira, 9 de julho de 2014
09 de julho de 2014
17:00 - Estádio Itaquerão, São Paulo
Holanda vs. Argentina
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Semifinais... Apenas quatro times... Brasil, Alemanha, Argentina e Holanda. Agora é a reta final MESMO. Apesar das polêmicas no começo acerca dessa Copa do Mundo FIFA aqui no Brasil, a Copa foi um tempo de festa, competição e também muitas surpresas. Campeões sendo tão cedo eliminados, seleções sem nenhuma tradição indo tão longe... Futebol é muito imprevisível. Assim como a leitura. Você nunca sabe o que vai encontrar quando se depara com um livro pela primeira vez. Essa coluna serve para indicar livros de acordo com os países que estão em campo pois assim como a Copa é multicultural, devemos ter uma prateleira diversificada com uma mistura de gêneros e de países!
E para descobrir quem irá disputar a final com x e o terceiro lugar com y, temos um duelo de Argentina e Holanda. De um lado, representando a Laranja Mecânica, Confetes na Eira, de Franca Treur, já do outro lado, Pássaros na Boca, de Samanta Schweblin. Ambos ganharam prêmios e foram lançados em 2012 aqui no nosso país, mas ainda assim talvez não sejam tão conhecidos no Brasil... Eu, por exemplo, antes dessa coluna, não sabia da existência de nenhum dos dois livros.
Confetes na Eira trata de uma realidade holandesa que muita gente não sabia. Numa reclusa sociedade conservadora e protestante que segue à risca rituais da igreja Calvinista, vive uma família que planta trigo e cria gados para sobreviver. Em meio a seis irmãos, Katelijne, uma menina doce e carismática, não tem lugar na divisão do trabalho, nas conversas familiares e passa a ser mais questionadora do que seu mundo permite. Seu refúgio são os livros, vistos com repúdio pela sua religião. Nunca li o livro, mas em certas partes ele me lembra A Menina que não Sabia Ler e conta uma história sobre o poder da imaginação, dos livros e os riscos que as ideologias - no caso em forma de literatura - representam em sociedades rígidas.
Já Pássaros na Boca não é um romance e sim uma antologia de contos, segundo trabalho da autora Samanta Schweblin, mas primeiro publicado aqui no Brasil. Com uma linguagem que permeia as obras de literatura fantástica de Bioy Casares {inclusive citado nesta coluna alguns jogos atrás} e de Julio Cortázar, Samanta é considerada a herdeira desses autores. Nessa antologia que tem dezoito histórias, situações cotidianas vão assumindo pouco a pouco um caráter perturbador, às vezes aterrorizante. De um instante para o outro, o normal já não é mais normal e vice-versa. O primeiro conto do livro, que inclusive o nomeia, conta a história de uma menina que alimenta-se de pássaros vivos.
Dois livros interessante, não? Aliás, só por coincidência, Confetes na Eira assemelha-se à Menina que não sabia ler na temática e Pássaros na boca na capa, pois uma das edições do livro - Florence & Giles, em inglês - tem essa mesma imagem. Enfim, Copa está chegando ao fim e agora teremos um pouco mais de tempo para ler né... Pois convenhamos, às vezes a Copa e os feriados em si nos atrapalha um pouco né. Então que tal por os livros dessa coluna na sua lista? Boa leitura!
E para descobrir quem irá disputar a final com x e o terceiro lugar com y, temos um duelo de Argentina e Holanda. De um lado, representando a Laranja Mecânica, Confetes na Eira, de Franca Treur, já do outro lado, Pássaros na Boca, de Samanta Schweblin. Ambos ganharam prêmios e foram lançados em 2012 aqui no nosso país, mas ainda assim talvez não sejam tão conhecidos no Brasil... Eu, por exemplo, antes dessa coluna, não sabia da existência de nenhum dos dois livros.
Confetes na Eira trata de uma realidade holandesa que muita gente não sabia. Numa reclusa sociedade conservadora e protestante que segue à risca rituais da igreja Calvinista, vive uma família que planta trigo e cria gados para sobreviver. Em meio a seis irmãos, Katelijne, uma menina doce e carismática, não tem lugar na divisão do trabalho, nas conversas familiares e passa a ser mais questionadora do que seu mundo permite. Seu refúgio são os livros, vistos com repúdio pela sua religião. Nunca li o livro, mas em certas partes ele me lembra A Menina que não Sabia Ler e conta uma história sobre o poder da imaginação, dos livros e os riscos que as ideologias - no caso em forma de literatura - representam em sociedades rígidas.
Já Pássaros na Boca não é um romance e sim uma antologia de contos, segundo trabalho da autora Samanta Schweblin, mas primeiro publicado aqui no Brasil. Com uma linguagem que permeia as obras de literatura fantástica de Bioy Casares {inclusive citado nesta coluna alguns jogos atrás} e de Julio Cortázar, Samanta é considerada a herdeira desses autores. Nessa antologia que tem dezoito histórias, situações cotidianas vão assumindo pouco a pouco um caráter perturbador, às vezes aterrorizante. De um instante para o outro, o normal já não é mais normal e vice-versa. O primeiro conto do livro, que inclusive o nomeia, conta a história de uma menina que alimenta-se de pássaros vivos.
Dois livros interessante, não? Aliás, só por coincidência, Confetes na Eira assemelha-se à Menina que não sabia ler na temática e Pássaros na boca na capa, pois uma das edições do livro - Florence & Giles, em inglês - tem essa mesma imagem. Enfim, Copa está chegando ao fim e agora teremos um pouco mais de tempo para ler né... Pois convenhamos, às vezes a Copa e os feriados em si nos atrapalha um pouco né. Então que tal por os livros dessa coluna na sua lista? Boa leitura!
