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- Resenha: Gregor e a Profecia de Sangue, de Suzanne Collins
Postado por: Maac Gouveia
sexta-feira, 18 de janeiro de 2013
Livro: Gregor e a Profecia de Sangue
Série: As Crônicas do Subterrâneo
Editora: Galera Record
Autor: Suzanne Collins
Páginas: 334
Atenção, como se trata de uma série talvez possa ter spoilers sobre os livros anteriores! ( I - Gregor, o Guerreiro da Superfície
II - Gregor e a Segunda Profecia)
Sinopse: Gregor e Boots estão de volta à segurança de sua casa, e dessa vez a mãe do menino não está disposta a perdê-los de vista! Visitas à lavanderia do prédio são completamente proibidas e ela nem mesmo gosta de ouvir falar em morcegos ou ratos gigantes... Mas infelizmente a presença de Gregor no Subterrâneo é necessária mais uma vez: uma terrível doença está se espalhando e seus amigos estão em perigo. Agora, Gregor, Boots, e um inesperado acompanhante precisam enfrentar uma nova viagem, que poderá colocar em risco muito mais do que a vida dos habitantes do Subterrâneo.
E quando eu já estava quase desanimando,
Suzanne dá uma grande reviravolta na história! Confesso, já estava ficando
quase cansado pelo fato de cada livro tratar-se de uma profecia que se tratasse
basicamente de guerra. Na primeira, o Guerreiro teve que lutar contra o Rei
Gorger; Na segunda, ele teve que deter Bane, que era quase uma lenda e agora
para aliviar um pouco tudo isso de constantes lutas no Subterrâneo, há uma
peste assolando todos os de sangue quente... Mamíferos.
Gregor acaba sendo praticamente obrigado a
voltar àquele mundo paralelo abaixo do concreto de Nova York. E quando eu li
numa das orelhas que ele seguiria sua jornada com uma companhia inesperada, eu
nunca imaginei que fosse aquela pessoa... Voltando ao assunto principal, o
Guerreiro teria que encontrar a cura para aquela doença que jamais fora vista.
Com mais uma profecia enigmática, ele teve que participar de mais uma aventura
mortal, dessa vez por entre o Vinhedo dos Olhos. Na companhia de Ripred,
uma nova rata, Temp, Boots e mais alguns novos acompanhantes, eles buscam uma
plantinha em forma de estrela, a starshade, que ao que tudo indica é a cura.
É nesse livro que eu finalmente percebi
que os Subterrâneos não são assim tão diferentes que nós, humanos da
Superfície... Eles tem defeito, sim, vários. Magoam as pessoas, muitas vezes
são egoístas e são capazes de fazer tudo pelo poder. E como Gregor mesmo
compara eles parecem ser tão maus quanto os próprios ratos que são os
principais vilões desde o começo... Na história também fala sobre como eram os
tempos antigos no Subterrâneo, onde humanos, ratos, morcegos, enfim, todas as
criaturas viviam em paz. Era quando o Subterrâneo era um bom lugar para
habitar.
E então, outra revelação: pessoas do
subterrâneo podem se relacionar - e mais, podem ter filhos - com pessoas da
superfície! Ao ver isso, minha mente logo recorreu a Gregor e Luxa. Desde que
eu vi a Rainha entregando a bola para a pequena Boots mandando ela ser ou mais
forte ou mais esperta que ela, eu sabia de algum jeito que algo teria entre ela
e o menino. É aquela típica história da garota arrogante e do menino mais
tímido. Outra coisa que eu também achei bem plausível foi falar um pouco mais
sobre os amigos de Gregor, na Superfície, pois antes parecia que a vida dele
era apenas a família, sem mais nada.
Collins continua usando mesmo que minimamente
a mitologia, como o Arco de Tântalo, o Jardim das Hespérides, além do nome de
outros morcegos, como Nike, Athena, Pollux, Cassiopeia e Icarus. E como já
mencionei antes, é incrível como seus nomes parecem significar tanto pra
história... Quando Icarus entrou na história, não pude deixar de lembrar da
história do Ícaro original. Com o seu sonho frustado de voar... Outra coisa que
a autora parece continuar usando é o não fornecimento do nome das mães! Só
agora depois de dois livros é que eu percebi que o nome da mãe de Gregor não
havia sido mencionado ainda. Uma curiosidade é que durante a trilogia Jogos
Vorazes, a mãe da personagem também não tem nome, é referida apenas como sra.
Everdeen.
Com uma história cheia de suspense,
reviravoltas e uma narração maravilhosa cheio de intrincados detalhes, Gregor e
a Profecia de Sangue continua as aventuras do Guerreiro da Superfície saindo
até um pouco da "mesmice" dos outros dois livros. Bom, agora caiu a
ficha que eu não tenho mais nenhum livro da saga para ler e começa a dar um
pequeno aperto no coração... Eu realmente vou ficar com um pouquinho de
saudades dos personagens da saga. Espero logo ler os dois últimos livros,
mesmo achando que o quinto ainda não fora lançado no Brasil. Então, me despeço
com o habitual cumprimento: Voe alto!