Postado por: Maac Gouveia quarta-feira, 11 de fevereiro de 2015

Livro: Conquista
Série:  Destino
Editora: Suma de Letras
Autor: Ally Condie
Páginas: 360

Atenção, como se trata de uma série talvez possa ter spoilers sobre os livros anteriores!
( I - Destino
II - Travessia)

Sinopse: Em uma Sociedade que não permite escolhas nem imperfeições, um pequeno erro pode ser o elemento que faltava para iniciar uma revolução. 'Conquista' é a continuação de Destino e Travessia. No livro, a autora retoma a história de Cassia Reyes, jovem que pertence a uma sociedade controlada por um Estado totalitário ainda que nele não haja pobreza e a população tenha acesso a direitos básicos, como alimentação, moradia e emprego. O futuro de Cassia não poderia ser mais incerto agora que ela resolveu seguir para as sombrias Províncias Exteriores, campo de extermínio dos cidadãos banidos pela Sociedade. Ela está à procura de Ky Markham, com quem desenvolveu uma relação proibida, e que havia sido aprisionado, com um destino que se encaminhava para a morte certa.

Conquista é o terceiro livro da trilogia distópica Destino, uma história sobre um mundo onde não há escolha e tudo é metricamente organizado por uma entidade chamada de Sociedade. Por meio de cálculos, números e classificações Ela orquestra todas as Províncias e seus habitantes deixando-os saudáveis, assegurados em trabalhos designados e também juntos com o par perfeito. Muitos porém estão insatisfeitos com isso e cada vez mais a Insurreição, uma rebelião com o intuito de tomar o poder da Sociedade, ganha novos adeptos. Quando uma Praga acomete a Sociedade e ela não sabe como lidar com isto, a Insurreição aparece como a saída perfeita. Mas as coisas não acontecem exatamente assim.
Cassia se junta a Insurreição como uma promessa de ficar mais perto de Ky. Xander agora é um Oficial, mas é um agente duplo; ele também joga pela Insurreição. Ky e Indie estão no acampamento da Insurreição em Camas, como pilotos. E eles vão ter papéis importantíssimos no desenrolar da história. O piloto, o poeta e o curador, como sugere as três primeiras partes do livro.
Conquista é um livro cheio de reviravoltas, logo no começo acontece uma delas, mas de qualquer forma não é igual aos outros. A série, como um todo, nunca foi uma das minhas preferidas nem mais recomendadas, mas Destino, primeiro livro da série, prometia algo novo, algo legal, Travessia compensou apenas com muita ação, e Conquista, mesmo tendo um enredo consistente, é chato – principalmente no começo – e o pior, não empolga.
O começo do livro é muito baseado em esperanças, tudo é a Inssureição, é o piloto, como se eles fossem miraculosamente resolver tudo e a falta de realidade nisso irrita. Tudo bem que a Insurreição é algo em que o povo acredita, não tão palpável mas também não tão impossível, mas Condie acaba repetindo muito isto. Outra coisa inconsistente é o fato de, de repente, várias pessoas saberem de coisas que outros não sabiam.
Porém os temas principais da saga são liberdade de escolha, o poder de tomar de decisões, e isso é bem retratado no livro. Foi dado mais enfoque nessas questões do que no romance: A força com que o povo busca uma melhora, revendo conceitos, assumindo ideais, até mesmo a fé cega que citei no parágrafo anterior é interessante de ver. Conquista é também repleto de  pinturas, histórias e poesias, e só mesmo neste livro consegui captar inteiramente o significado da arte, a importância de criar, de escrever, de compartilhar. Antes eu ficava me perguntando por que as poesias de Cássia eram moedas de troca tão valiosas, mas agora eu entendo... A escrita poética de Condie é de um forma geral bem interessante.
Não sei o que fez eu gostar menos de Conquista do que dos outros dois livros, já que o enredo é até bom, não deixa pontas soltas – só dá margem para escolhermos o que pensar, o que é legal – e o final é romântico, “fofinho”, o que já era de se esperar já que o triângulo amoroso – uma das partes mais chatas e desnecessárias em toda trilogia ao meu ver -  foi uma parte essencial ao longo da saga. Acho que o defeito dele é realmente não empolgar, não deslanchar... Mas ainda assim, ressaltando os pontos positivos, é uma distopia cheia de intenção e arte.

{ 1 comentários... leia-os abaixo e comente também! }

  1. Oi
    Li essa trilogia recentemente também e me decepcionei um pouquinho. O primeiro livro prometia tanto. A Sociedade criada pela autora é incrível, cheia de coisas a serem exploradas, mas ela não o fez. Uma peninha.
    Beijos

    Vidas em Preto e Branco 

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