Sinopse: Hoje é o aniversário de Leonard Peacock. Também é o dia em que ele saiu de casa com uma arma na mochila. Porque é hoje que ele vai matar o ex-melhor amigo e depois se suicidar com a P-38 que foi do avô, a pistola do Reich. Mas antes ele quer encontrar e se despedir das quatro pessoas mais importantes de sua vida: Walt, o vizinho obcecado por filmes de Humphrey Bogart; Baback, que estuda na mesma escola que ele e é um virtuose do violino; Lauren, a garota cristã de quem ele gosta, e Herr Silverman, o professor que está agora ensinando à turma sobre o Holocausto. Encontro após encontro, conversando com cada uma dessas pessoas, o jovem ao poucos revela seus segredos, mas o relógio não para: até o fim do dia Leonard estará morto. 

    Olá gente, como vão? Tem um tempinho que eu não posto nada no blog e isso se deve ao pouco tempo livre que estou tendo nessas últimas semanas, até para ler algo está difícil. 

  

    Perdão, Leonardo Peacock foi um dos livros escolhidos por mim para a maratona e felizmente consegui terminá-lo no prazo. Ao contrário de alguns livros que tenho na estante e que depois de algum tempo eu começo a leitura deles, pois vou passando outros na frente, quis ler este logo por causa da curiosidade que se formava em mim quando eu lia a sinopse e tentava imaginar o motivo do porquê o personagem estava planejando matar seu melhor amigo.

  Este foi o primeiro romance que eu li de Matthew Quick e considero que foi uma boa escolha. A obra traz a estória de Leonard, um garoto estranho, deprimido, reservado e que não consegue se encaixar no ambiente escolar, por causa disso não tem nenhum amigo no colégio, exceto seu professor Herr Silverman. No dia do seu aniversário de dezoito anos, Peacock acorda decidido matar seu ex-melhor amigo e se matar em seguida, sendo o motivo desconhecido no começo da narrativa, mas antes ele decide entregar quatro presentes para as quatros pessoas importantes na vida dele e é através deste percusso que vamos aos poucos conhecendo quem é Leonard e as histórias do passado dele.

  Não ache que por ser um livro que conta a estória de um possível assassinato e suicídio, ele será triste. Ao contrario, o autor cria um ar de sarcasmo e faz criticas em relação a nossa sociedade que diminui esta carga "pesada" do tema do livro. Também não vá achando que encontrará um protagonista louco, Leo é um garoto bastante maduro para sua idade e que por causa disto não consegue entender os seus colegas. No entanto, apesar desta maduridade percebemos que até ele não admitindo, ele é carente e frágil. Diversas vezes ele cita que irá desistir do seu plano daquele dia se alguém desejar feliz aniversário para ele e isto me partia o coração quando eu lia.

  Em relação aos personagens, eles são bem construídos e marcantes. Como não se apaixonar pelo jeito do vizinho de Leonard, Walt, que é um velhinho super fã dos filmes de Humphrey Bogart. Ele apresentou para Peacock esta paixão pelos filmes deste ator e juntos passam horas e horas assistindo eles. É impossível não se divertir com a mania deles de conversarem utilizando falas destes filmes.

  Walt é uma das pessoas que recebem os presentes de Leonard, sendo os outros: Baback, um colega da escola que toca violino; Lauren, uma garota religiosa que entrega panfletos tentando livrar as pessoas do inferno e Herr Silverman, seu professor de Holocausto.

 Uma característica da narrativa que eu citei na minha resenha de O Teorema Katherine, apareceu neste aqui que são as notas de rodapé. Algumas vezes estas notas davam a página toda, mas elas foram de uma grande importância para termos explicações por Leo de determinado assunto da vida dele.

 Com um ritmo que torna difícil o leitor conseguir largar o livro antes de saber o desfecho daquela trama e descobrir os seus segredos que são o motivo, claro, do porquê o protagonista querer fazer isto e também sobre o professor que pode estar fazendo um enorme calor, ele sempre estará usando camisas que cobrem os seus braços. Este mistério da camisa é algo que irá atormentar a mente de Leo que ficará imaginando vários motivos.

 Perdão, Leonard Peacock é um livro que eu super recomendo. Diferente de algumas pessoas, não achei que o final foi ruim, achei até realista. Uma estória que será improvável não fazer o leitor pensar na vida e nas pessoas ao seu redor e perceber que uma palavra de apoio pode fazer uma grande diferença na vida do próximo.