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- Resenha: Pegasus e o Fogo do Olimpo, de Kate O'Hearn
Postado por: Maac Gouveia
quinta-feira, 31 de julho de 2014
Série: Olimpo em Guerra
Editora: Leya
Autor: Kate O'Hearn
Páginas: 294
Sinopse: Quando Pegasus, o majestoso e mitológico cavalo alado, é atingido por um raio e cai em seu terraço durante uma violenta tempestade que deixa Nova York no escuro, a vida da jovem Emily transforma-se em uma lenda. Buscando ajuda para tratar os graves ferimentos de Pegasus, Emily recorre ao garoto estranho da escola, Joel. Trabalhando juntos, eles rapidamente descobrem que o cavalo alado tem mais do que ferimentos da tempestade.
Eu já tinha algumas expectativas em relação a este
livro e confesso que não eram muito boas devido a quantidade de comentários
negativos que eu ouvira sobre ele. Eu achava que seria um daqueles livros que
tem uma capa bonita, mas um conteúdo não tão bom assim. Em partis, foi o que se
confirmou. Pegasus e o Fogo do Olimpo definitivamente não é um livro muito bom,
mas até que empolga mais para o final. Funcionaria também, talvez até melhor,
sendo um livro único – se a autora tivesse resolvido todas as pontas soltas
neste volume – mas é uma série com mais quatro livros. Este primeiro livro
carrega consigo o fardo de nos apresentar a série, mostrar para o que veio para
que no fim dele, possamos criar ou não a sensação de querer mais... No caso da
série Olimpo em Guerra, lendo este primeiro volume, não tenho muita vontade de
continuar.
O Olimpo está um caos. Monstros que ninguém sabe de
onde vieram, nem o que eles realmente querem, os Nirads, terríveis homens de
quatro-braços e pele cor de mármore, estão atacando os Olímpicos, cada vez mais
fracos devido ao Fogo do Olimpo estar fraco – o Fogo é a fonte de todo o poder
dos deuses romanos. Aproveitando-se dessa situação, os Nirads matam vários
Olímpicos – incluindo os deuses que conhecemos supostamente como imortais -,
acorrentam Júpiter e destroem totalmente a chama. (Por quê? Algo que não é
explicado. Eles simplesmente têm fome de destruição.)
Como única fonte de esperança para salvar o Olimpo,
Júpiter envia Pegasus - que com suas rédeas de ouro parece ser a única forma de
matar os monstros – para a Terra com uma importante missão. Mas Paelen, um
Olímpico ladrão, tenta roubar as rédeas valiosas do cavalo alado e, atingidos
por um raio, acabam se separando. Pegasus cai no terraço do prédio de Emily,
uma garota nova-iorquina de treze anos, e Paelen vai para um hospital, mas um
destino bem pior o aguarda.
Começando pelos pontos fracos... A linguagem do
livro é boba, repetitiva e sem muita emoção. Eu não conseguia realmente captar
os sentimentos nas falas com os simples “Ah’s” e “Oh’s” que ela colocava. Há
muitos livros por aí com temática infanto-juvenil que são melhormente narrados.
Principalmente no começo eu me sentia incomodado com expressões como “a
escuridão se espalhou como suco de uva no tapete”, “aquele homem queria dizer
exatamente o que disse” e “a explosão do trovão de um raio” ou com o fato
constante do cavalo ser chamado de “garanhão”.
Outro ponto que não deu certo foi essa inovação nos
mitos (o livro baseia-se na mitologia romana, não grega). Se ao menos suas
novas ideias fossem coerentes ou fossem explicadas nesse primeiro livro... Mas
não foram. Os Nirads simplesmente apareceram da imaginação de O’Hearn sendo
mais fortes que os Olímpicos e estes, não eram imortais e dependiam de uma
chama para ter seus poderes com força total. Os personagens não são tão bem
construídos também... Emily é um pouco chata, a relação dela com Joel foi
criada aparentemente do nada, Diana não convence como deusa... Os únicos
personagens melhores são Steve Jacobs, pai de Emily, e Paelen.
Ou seja, o
livro para mim era um dois estrelas a
maior parte do tempo. Tanto pela sua linguagem, quanto pelo seu enredo que não
estava sendo bem construído. Pontos positivos? Talvez a fluidez da história. A
partir do meio do livro, lá pela página 144, quando Diana apareceu, o livro
tomou outro ritmo. Os problemas persistiam, claro, e a linguagem de Kate não
melhorou, mas o ritmo que a história tomava te deixava focado no livro e por
isso o livro é facilmente lido em um só dia. Além de tudo, como é uma série,
tem o lado positivo de que a história ainda pode melhorar e é baseado nessa
possibilidade que o livro, arrastando-se, conseguiu mais uma estrela.