Lottie, já com seus trinta e três anos, está pronta para casar, formar uma família e claro, ter muitos filhos, mas fica decepcionada porque seu namorado não percebe isso e não pede para se casar com ela.  Cansada disso, depois de um grande mal entendido, ela acaba terminando com ele.  Ao mesmo tempo, como se fosse destino, um velho amor dela – Ben. O primeiro, na verdade, aos 18 anos – reaparece e relembra o pacto que eles fizeram há tanto tempo numa ilha grega chamada Ikonos: se casarem se ambos estivessem solteiros aos trinta anos. Lottie, claro, abalada depois do término e desesperada, acaba aceitando... Mas nem todo mundo está feliz com essa ideia.

Fliss, a irmã de Lottie, acha que esse casamento impensado vai acabar resultando numa enorme confusão que envolve um bebê concebido na noite de núpcias, divórcio problemático e muita dor de cabeça e tenta fazer de tudo para proteger a sua irmã caçula. Já Lorcan, melhor amigo de Ben, acha que esse casamento veio em uma péssima hora... É um momento crucial na empresa em que trabalham e ele precisa de Ben focado no trabalho. Então, depois de alguns encontros e desencontros, eles estão dispostos a sabotar a lua de mel dos noivos.

Sophie Kinsella é uma autora muito conhecida e renomada, principalmente no gênero chick-lit e apesar de nunca ter lido nenhum livro seu já havia assistido Os Diários de Consumo de Becky Bloom e ouvido muito falar dela... E essa fama não é à toa. Sophie é muito boa no que faz criando histórias divertidas, leves e atraentes.

Em A Lua de Mel, o livro é narrado pelas duas irmãs Graveney, Lottie e Fliss, e tem seu prólogo narrado por Arthur, que acabamos descobrindo quem é lá pelo fim da história... A premissa da história parece boa e já pela sinopse podemos imaginar as confusões que poderiam rolar. Até porque pra separar um casal apaixonado em plena noite de núpcias não parece ser fácil a não ser que tenha MUITA confusão... E enfim, a diversão é garantida. De um jeito leve e engraçado a história vai nos levando e quando você começa a ler não quer mais parar! {Tanto é que li o livro em pouco mais de 24 horas.}

No começo eu sentia as cenas alongadas, se estendendo demais e os capítulos se tornavam longos, mas já no terceiro capítulo o ritmo mudou e a leitura estava totalmente agradável. Parecia um roteiro de um filme de comédia romântica... {E mesmo pra mim, que não gosto muito desse gênero, a história estava legal.} E é claro, como não podia faltar, havia sim alguns clichês - até por que os palpites que fiz ao ler o primeiro capítulo ou mesmo lendo só a sinopse foram confirmados no final – porém o desenrolar da história, o como se chega àquele clichê não é previsível.

Os personagens, fortes e bem construídos, são ótimos e cada um tem a sua história. Não é como se o destino de tal personagem fosse esquecido. Fliss, a irmã protetora que se vê num papel de “mãe” da sua irmã; Lorcan, um cara focado numa empresa que nem mesmo é sua; Noah, um garotinho que agora vive inventando histórias pois acha “interessante”; Ben,  Lottie, Richard... Enfim, cada um bem definido quanto à sua personalidade. A Lua de Mel é uma história sobre relacionamentos e Escolhas Infelizes, como batiza Fliss. Tem várias partes engraçadas, algumas mais “filosóficas”, se assim podemos chamar, e o livro ao todo é bom. Se você tem o perfil que adora comédias românticas e chick-lit ou simplesmente está procurando uma leitura leve e agradável, este livro pode ser perfeito.