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- Resenha: Enquanto eu te Esquecia, de Jennie Shortridge
Postado por: Maac Gouveia
sexta-feira, 24 de julho de 2015
Livro: Enquanto eu te Esquecia
Editora: Única
Autor: Jennie Shortridge
Páginas: 384
Sinopse: Enquanto eu te esquecia - Lucie Walker não se lembra de quem é ou como foi parar nas águas geladas da Baía de São Francisco. Encaminhada para uma clínica psiquiátrica, ela aguarda até que um homem chega afirmando ser seu noivo. Entretanto, com seu retorno para casa, essa mulher sem memória vai tomando conhecimento de sua personalidade antes do acidente, da pessoa controladora, fria e sem vida que era, e dos segredos da infância e da família, assim como da situação do noivado e dos mistérios que podem ter provocado o acidente.
Será que ela quer isso de volta? Será que essa nova Lucie conseguirá manter o amor por Grady, ou a oportunidade de recomeçar será sua salvação?
Será que ela quer isso de volta? Será que essa nova Lucie conseguirá manter o amor por Grady, ou a oportunidade de recomeçar será sua salvação?
Intenso, franco e incrivelmente emocionante, Enquanto eu te esquecia é um livro delicado, que nos questiona sobre a maneira que vivemos e nos lembra que sempre temos uma nova chance de ser feliz.
Amor, água, memória. Este é o título em inglês de
Enquanto eu te Esquecia (Love Water
Memory) de Jennie Shortridge. E essas três palavras sintetizam bem o livro.
Lucie Walker foi encontrada na bacia de São Francisco, sem saber seu nome, onde
morava ou o porquê de estar naquelas águas geladas. Ela estava desmemoriada,
mas com a ajuda dos noticiários seu noivo, Grady Godall, a encontrou. Mas como
poderia tudo ser igual como antes?
Lucie não sabia de nada. Não sabia se aquele homem
com traços nativos era mesmo o seu noivo, não sabia como sua memória tinha
desaparecido... Ela teria que aos poucos ir lembrando a sua história, tão
nebulosa que a antiga Lucie não havia nem mesmo contado a Grady, lembrando quem
era. Ou melhor, se reinventando.
A história é narrada em terceira pessoa por três
perspectivas diferentes. Lucie, uma mulher de quarenta anos, que costumava ser
muito formal, organizada, reclusa e um tanto quanto fria e mandona; Grady, seu
noivo, único irmão no meio de mais oito mulheres – sete irmãs e a mãe – que
perdeu seu pai quando criança e vê na água e na natação uma ligação com seu
antigo pai marinheiro; E Helen Dez Mãos, a tia de Lucie, que tem um papel
importantíssimo para ajudar Lucie a recobrar sua memória já que ela é a única
que sabe várias coisas que a menina, no momento, não sabe.
Os personagens são bem construídos e a história se
desenrola bem. No começo a escrita da autora parece um pouco estranha, maçante,
mas depois você se acostuma. Ainda assim o livro é meio morno, sem sal. Até os
momentos mais decisivos não fixam e impressionam muito. E o final também é um
tanto quanto aguado, dá uma sensação de que as coisas continuarão simples,
monótonas.
O mote do livro, no geral, é que é legal. É uma
história de romance sobre alguém que perdeu a memória, portanto há toda uma
reconquista e uma redescoberta interior por parte da própria Lucie. É uma
história sobre reinvenção. É como se após essa amnésia ela tivesse imergido de
um mergulho que durara toda a vida e estava mudada. Por isso as três
palavrinhas do título em inglês combinam tão bem para o livro.
É um livro bom para passar o tempo – e eu passei um
bom tempo com ele, o ritmo foi bem
devagar -, mas que não marca muito. Pelo menos não me marcou. Não deixou
saudades, não me emocionou muito, simplesmente passou... Porém se você está
procurando por algum romance leve ou um livro sobre reinvenção de si mesmo, um
recomeço, pode ser um bom livro.