Postado por: Maac Gouveia quarta-feira, 27 de novembro de 2013



Quando um livro faz sucesso viraliza. Os trechos rodam soltos por meio do facebook, twitter, tumblr ou qualquer outra rede social do tipo. Depois começam a aparecer as lojinhas que vendem brindes inspirados nesses tais livros como sandálias, camisetas, brincos, colares, canecas, capinhas para celular... E então bonecos, jogos e toda possibilidade de objetos para que as pessoas possam consumir. E quando o livro também vira um filme de sucesso... O número desses produtos tendem a aumentar.
Além desses artefatos, muito cobiçados pelos fãs que querem ter cada mínimo detalhe de sua saga preferida, as editoras se aproveitam do sucesso do livro alheio e colocam na capa de outras obras do mesmo autor frases como "Da autora de saga famosa aqui"... Isso é uma maneira de divulgar outros livros do tal escritor, claro, pois se alguém gosta uma vez da forma que tal pessoa escreve, pode gostar outras vezes, mas não deixa de ser uma jogada de marketing. Sinto que quando algo faz sucesso é explorado e esgotado até que exprima a última gota de dinheiro que ele pode dar...

Jogos Vorazes, por exemplo, tem os livros, filmes, camisetas, broches de tordo sendo vendidos por todos os cantos, bonecos e agora também tem um jogo para Android e iOS chamado Panem Run - jogo no estilo corrida sem fim. (Por falar em video games, também lançaram um rpg de Jane Austen recentemente...) Isso, é claro, faz a alegria dos fãs, pois quem é que não queria ter os objetos de sua série preferida para se sentir um pouco mais naquele mundo? Mas o fato a ser discutido não é esse. E sim a exploração midiática e capitalista que os livros sofrem atualmente.
Sinceramente acho super chato os livros com selos que falam "Da autora de saga famosa aqui" e essa tamanha variedade de produtos derivados de uma saga. Sobre os selos pra mim é como se o livro só fosse vendido pelo nome que a autora conseguiu obter com o outro livro. Por isso, aliás, J. K. Rowling merece palmas por ter escrito um livro sob um pseudônimo, querendo que a notassem pela sua história não pelo seu renome, e mais palmas ainda à Editora Rocco que não colocou um selo enorme na capa com os dizeres: "Da autora de Harry Potter". Sobre os produtos, acho que daqui a pouco começam a vender colheres, garfos, pratos, toalhas, enfim, os utensílios todos de uma casa por puro marketing. Se isso não tiver sido feito ainda.
Isso sem falar nos livros que "ganham" em cima de outra história... Por exemplo, temos uma determinada saga X e então vem outro autor e faz um guia sobre ela, um alfabeto de A a Z ou um livro sobre as filosofias por trás de uma série. Por mais interessante que seja - e óbvio que todas as questões de direitos autorais são respeitadas e autorizadas - ainda acho um exagero. Mas tudo isso é inevitável tendo em vista o modo de vida capitalista que adquirimos.
E vocês o que acham sobre essa super faturação perante as sagas? Acham justo ou errado? Isso deveria ser freado ou acelerado? Expressem-se nos comentários!

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