Postado por: Maac Gouveia segunda-feira, 1 de abril de 2013


Hum... Não é que realmente possamos sentir o gosto dos livros, mas é realmente uma delícia devorá-los. Sabe quando te dá aquela onda de vontade e você não consegue largar o livro, ansiando pelo que encontrará na página que vem? É por que o livro é tão maravilhoso que você simplesmente vicia. Você até tenta ler devagar, mas a fome é maior e você acaba lendo tudo aquilo em segundos. Nessa coluna do blog, iremos te dar dicas para que você conheça novos livros ou conheça melhor alguns para que possam mascar eles, tal como fossem um chiclete, saboreando cada página, cada linha, cada parágrafo. O sabor de hoje é meio excêntrico, mas teremos: Os meninos e meninas de nossa literatura!


A Menina que Roubava Livros... Acho que muita gente já ouvi falar, pelo menos uma vez deste livro. Também, é uma obra e tanto... 1939 a 1943. Segunda Guerra Mundial. Hitler. Nazismo. Esses são pontos principais desta história narrada por ninguém mais, ninguém menos que a morte. Sim, a própria Morte. E como ela mesma diz, se ela está contando aquela história, é por que ela realmente vale a pena. Liesel Meminger é a tal menina da qual nos é mostrada toda a história, que fugiu três vezes da própria morte e talvez por isso a Morte tenha se interessado pela história da menina. Perseguida pelo nazismo, a mãe de Liesel tem que mandar ela e seu irmão para um subúrbio onde um casal irá adotá-los por dinheiro, e é neste trajeto que o pequeno irmão dela morre e a menina começa a roubar livros. O coveiro deixa cair "O Manual do Coveiro" e a menina, mesmo ainda sem saber ler, o pega, pois é a única lembrança que ela tem de sua família. Com uma história repleta de perseguições e iminente medo por causa de tudo aquilo que a guerra causava, vemos Liesel, roubar livros em meio a fogueiras ou ler na biblioteca do prefeito, faz amizade com um garoto de sua rua, obrigado a integrar-se a Juventude Hitlerista, além de abrigar um judeu - que escreve um pequeno livro para contar sua parte na história - dentro do porão de sua casa. Uma história realmente empolgante, emocionante e bem reflexiva. {Link da Resenha}


A Menina que Não Sabia Ler foi uma menina que me surpreendeu. Tanto positivamente, quanto negativamente. Vamos aos pontos negativos primeiro. A capa e o título me enganou. A história principal não se foca na leitura ou no papel da leitura, mas tirando essas partes que são meramente ilustrativas, a história foi que me surpreendeu positivamente. Vemos a história de Florence {A tal menina que não sabia ler} e Giles, dois orfãos de pai e mãe que vivem em Blithe House, casa de seu tio também ausente. Eles tem como companhia apenas quatro funcionários além dos fantasmas daquela velha casa. Mas há o dia em que o pequeno Giles tinha de ir à escola, mas por problemas {bullying e coisas do tipo} o menino não pode mais ir, tendo que ser necessário uma preceptora para lhe ensinar. O problema é que ao passar do tempo, uma das preceptoras morre, misteriosamente num lago perto da casa deles e então ninguém mais quer aquele emprego. Só uma pessoa. E esta pessoa, essa nova preceptora, acaba tirando o sono de Florence com suas atitudes estranhas... O que será que aquela mulher esconde? Confesso que há algumas coisas que não foram respondidas ao longo da trama, que você deve deduzir o resto, mas fora isto, as atitudes desta pequena menina que literalmente mataria ou morreria para proteger quem ama me surpreenderam e por isso não retiro nenhuma das cinco estrelas que já dei. {Link da Resenha}



Este próximo livro mostra-nos o quão grande é o poder da imaginação. {No anterior, também há uma pitada disto}. Judith McPherson, nossa adorável menina que fazia nevar, é uma menina de 10 anos solitária que vive com seu pai, já que a sua mãe, que ela nunca conhecera, não está mais com eles. Na escola, também não tem amigos, pelo contrário, sofre gozações e chacotas. Só é acompanhada pelos fiéis da igreja cristã que ela frequenta. Mas, dentro de seu quarto, num mundinho de sucata onde muita gente veria mero lixo, a pequena garota vê um paraíso, a Terra Gloriosa, como ela mesma chama. É como se cada detalhe daquele, fosse um sinal divino, um milagre. Ela faz bonecos de pano e inventa histórias magníficas para eles em seu pequeno mundinho. O que nem ela poderia imaginar, é que a sua maquete parece ser mais do que apenas um brinquedo... Pelo menos é o que aparenta para ela quando ela cobre a maquete com creme de barbear e no outro dia a cidade inteira amanhece sob a neve. Um pequeno milagre - pelo menos é assim que ela vê, sempre com seus olhinhos voltados para a fé. Muitos diriam que eram apenas coincidência, mas não, ela sabia que aqueles pequenos detalhes eram realmente milagres. Mas com este "poder", tantos benefícios quantos artifícios seriam levados para a vida da menina.


A menina que brincava com fogo é outra "menina" muito famosa na literatura. Mais precisamente, Lisbeth Salander. Protagonista deste livro, que participa da Trilogia Millenium, Lisbeth parece ser uma menina frágil, mas é uma mulher determinada, ardilosa, além de ser perita em ciberpirataria. Neste livro, ela está sendo acusada de três homicídios, já que na arma dos crimes - a mesma para os três - havia as impressões de Lisbeth. A trilogia em si já em é um thriller emocionante, cheio de suspense e se não fosse bom, com certeza não faria tanto sucesso quanto faz hoje. O primeiro livro, Os Homens que não Amavam as Mulheres, foi recentemente readaptado para o cinema e os livros estão espalhados por todo mundo. Uma pequena curiosidade: o autor, Stieg Larsson, não pôde ver o sucesso que sua trilogia fez, pois morreu antes mesmo dela fazer sucesso e dela ser terminada. Sim! Iria ter um quarto livro da série Millenium.



Agora vamos passar a conhecer os nosso meninos! Depois de quatro livros protagonizados por meninas, vamos agora à ala masculina. O menino do pijama listrado, de John Boyne, é mais um livro que trata da segunda guerra, tal qual A Menina que Roubava Livros, citado mais acima. Bem, esse foi um período bem triste de nossa história... Mas voltando a história deste livro, Bruno tem nove anos e não sabe nada sobre o Holocausto ou sobre as guerras que aconteciam em seu país. Muito menos que sua família estava envolvida naquilo tudo. A única coisa que o menino sabia é que havia se mudado de sua espaçosa casa em Berlim para morar num lugar mais afastado, onde ele não tinha nada para fazer. Da janela do seu quarto, ele via uma cerca e várias pessoas atrás delas - centenas - todas vestidas de pijama. Aquela visão deixava o menino com frio na barriga... Numa de suas andanças, conheceu um menininho do outro lado da cerca, Samuel. E o melhor, eles haviam nascido no mesmo dia! A amizade dos dois começa a intensificar-se cada vez mais e Bruno vai conseguindo desvendar o mistério sobre as atividades de seu pai. O livro conta majestosamente sobre amizade em tempos de guerra e a beleza da inocência, além do que acontece com ela quando a verdade vem à tona.

E para finalizar, vamos conhecer mais um menino. Desta vez, O Menino Prodígio do Crime, Artemis Fowl. Artemis com apenas 12 anos, é um gênio do crime, um anti-herói mal-humorado e pessimista. É o único herdeiro do clã Fowl, uma lendária família de personagens do submundo, célebres na arte da trapaça. O garoto imagina um plano para recuperar a fortuna de sua família, após o desaparecimento misterioso de seu pai. Seu plano poderia derrubar civilizações e mergulhar o planeta numa guerra entre espécies.

Além destes meninos e meninas citados acima, na literatura há vários personagens célebres com características tão específicas que com certeza mereciam ganhar o adjetivo de o menino disto ou o menino daquilo. Mas por enquanto é isto... Você já conheceu algum desses meninos ou meninas? E qual ainda quer conhecer? Expressem-se nos comentários!

Expresse-se! Deixe um comentário.

Receba os posts | Receba os comentários

- Copyright © Mas que livro! - Powered by Blogger - Designed by Johanes Djogan -