Postado por: Maac Gouveia segunda-feira, 31 de dezembro de 2012



Livro: A menina que não sabia ler
Editora: LeYa
Autor: John Harding
Páginas: 220

Sinopse: 1891. Nova Inglaterra. Em uma distante e escura mansão, onde nada é o que parece, a pequena Florence é negligenciada pelo seu tutor e tio. Guardada como um brinquedo, a menina passa seus dias perambulando pelos corredores e inventando histórias que conta a si mesma, em uma rotina tediosa e desinteressante. Até que um dia Florence encontra a biblioteca proibida da mansão. E passa a devorar os livros em segredo. Mas existem mistérios naquela casa que jamais deveriam ser revelados. Quem eram seus pais? Por que Florence sonha sempre com uma misteriosa mulher ameaçando Giles, seu irmão caçula? O que esconde a Srta. Taylor? E por que o tio a proibiu de ler? Florence precisa reunir todas as pistas possíveis e encontrar respostas que ajudem a defender seu irmão e preservar sua paixão secreta pelos livros - únicos companheiros e confidentes - antes que alguém descubra quem ousou abrir as portas do mundo literário. Ou será que tudo isso não seria somente delírios de uma jovem com muita imaginação?

Último livro de 2012! Consegui lê-lo em quatro dias (não que isso seja rápido, claro) primeiro para vencer a meta e segundo por que ele realmente foi bom, na minha opinião. Outro detalhe fundamental: Não vá esperando que o livro seja totalmente sobre livros ou coisas que envolvem isso. Até fala sobre eles nas primeiras páginas e tem um papel importante ao longo do livro, pois parece que Florence é uma junção de muitos outros personagens literários, como Macbeth.
Outra coisa que devo dizer de antemão, antes de começar a resenha propriamente dita, é que o título e a capa não condiz tanto assim com o livro. O título "A menina que não sabia ler" além de remeter à "A menina que roubava livros", parece ter sido totalmente uma questão publicitária, como muitos dizem. Se o título fosse igual ao original, Florence and Giles, talvez fosse bem mais fácil de muita gente não se decepcionar com ele.
Florence e Giles são dois meio-irmãos orfãos que vivem em Blithe House, uma casa onde há muitos boatos sobre fantasmas, bancados pelo tio que eles nunca viram. Seus únicos responsáveis são então a sra. Grouse, Mary, Meg e John, a governanta e os criados da casa. Pelo menos no começo. Já que quando Giles vai mal na escola, há a necessidade de se contratar uma preceptora, que deverá ajudar o garoto em seus estudos. Quando essa primeira preceptora, srta. Whitaker, morre de uma maneira trágica, outra toma o seu lugar, srta. Taylor, e é aqui que toda a parte sinistra e misteriosa do livro começa a acontecer.
Eu realmente odiei as primeiras páginas do livro - que muitos adoraram - onde falava sobre os livros. Reclamava a cada palavra nova que ela inventava tal como shakespereava, hamleteava, encachecolizava, destorrerizada, entre outras. Tudo bem, isso talvez fosse para demonstrar o quanto a menina tinha a imaginação fértil para criar novas palavras e situações, mas era uma coisa que me incomodava. Dei graças quando a história, quase que repentinamente, mudou seu rumo.
Antes de ler, eu já tinha visto algumas resenhas e o ponto chave de todas elas era: imaginação. Era um livro que tratava sobre a imaginação de uma garota, então sempre que eu lia eu começava a me perguntar se aquilo era realmente verdadeiro e tentava ligar os fatos. Foi um livro que me prendeu e me chocou - principalmente no final - e me fez pensar sobre o quanto o ser humano pode ser ruim ao tentar realizar o que quer.
Sim, a história ainda ficou um pouco confusa, pois alguns diversos pontos como a morte de Whitaker, algumas coisas em relação à nova preceptora e outros acontecimentos, não foram bem explicados, mas de qualquer maneira eram fáceis de deduzir. Ao todo, foi um livro imprevisível, surpreendente e ótimo. Com poucos problemas, ao me ver, que não passavam de uma pequena mancha em uma boa história, ou que não passavam de uma gralha num campo de neve branca.


{ 4 comentários... leia-os abaixo ecomente também! }

  1. Nossa adorei sua resenha :D

    Não tenho muita vontade de ler esse livro mais quem sabe um dia ainda dou uma chance , toda resenha que leio sobre ele fala a mesma coisa que o título não tem muita coisa a ver com a estória ! Beijos . E feliz ano novo :D

    euvivolendo.blogspot.com ( comenta lá :D )

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  2. Ia te mandar um recado no skoob sobre esse livro, justamente pela questão do título e a 'polêmica' (?) do título ser apenas publicidade. Há muito eu queria ler ele e agora comprei. Estou esperando bastante dele...

    E 4 dias é bem rápido para ler um livro sim ç.ç

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  3. Gostei da resenha. Também me choquei com a crueldade do ser humano ao fim do livro. Não achei o começo tão ruim quanto você, acho que isso se deve ao fato que não me preparei para a leitura, peguei o livro meio sem saber o que me esperava, e creio que isso me deixou mais aberta a outras impressões.

    Marquei seu Blog em um selo de reconhecimento : O Selo - The Versatile Blogger Award.

    http://recantodelivros.blogspot.com.br/

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    1. Mas como eu disse, mesmo não curtindo tanto o começo, o livro me surpreendeu! Aliás, eu vi a sua carta para o Theo na Maratona e adorei!

      E obrigado pelo selo!

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