Postado por: Maac Gouveia sexta-feira, 28 de dezembro de 2012


Todo mundo certamente sabe o que significa plágio. Seria um roubo intelectual, onde uma pessoa se apropria da obra da outra, seja como for ela. Mas há uma diferença entre plágio e outras coisas, como paródias ou então paráfrases. Nesse segundo estilo, por exemplo, há uma referência clara de qual obra é que está sendo parodiada, como acontece geralmente em músicas, ou até em livros. (Atualmente alguns exemplos são Opúsculo - paródia de Crepúsculo ou Cinquenta tons do Sr. Darcy - paródia de Cinquenta tons de cinza). 

Já na paráfrase, há uma cópia exata ou com outras palavras, mas com citação. Como num poema de Carlos Drummond de Andrade, intitulado de Europa, França e Bahia:

"Meus olhos brasileiros se fecham saudosos
Minha boca procura a 'Canção do Exílio'.
Como era mesmo a 'Canção do Exílio'?
Eu tão esquecido de minha terra...
Ai terra que tem palmeiras
Onde canta o sabiá"

Mas por quê decidi falar sobre plágio? É que li nesse site sobre o caso de acusação de plágio que Yann Martel, escritor de "A Vida de Pi", recentemente recebeu. Jornais de diferentes países haviam acusado ele de ter roubado ideias do livro "Max e os Felinos", do escritor Moacyr Scliar, já que ambos possuem a mesma temática. Então pensei, o que poderia acontecer se realmente fosse constatado que havia plágio?

No caso desse episódio de Martel e Scliar, foi "decretado" que não houve plágio. Pois há no prefácio do livro, um agradecimento a Moacyr, além do próprio autor gaúcho não querer ter criado confusão. Mas, em outro caso, um autor que havia recebido um prêmio muito importante no seu país, acabou sendo acusado de plágio e por isso teve o prêmio retirado.

Outro caso de plágio no meio literário foi protagonizado por Helene Hegemann e seu livro, Axolotle Atropelado. Logo após o lançamento de seu livro, quando tinha 17 anos, a alemã não desmentiu as acusações que fizeram para ela. Já que na sua obra ela praticamente copia várias passagens de livros e contos publicados em blogs na internet e ainda os chamava de "sampling" ou "intertextualidade". O desfecho de toda essa história é que agora em outras publicações, como aqui no Brasil, publicado pela Intrínseca, o livro tem várias referências onde o leitor pode ver as diferenças - ou semelhanças - entre um texto e outro.

Mais além do campo literário, há inúmeras acusações de plágio também no meio acadêmico, onde teses de doutorado e mestrado e também monografias são frequentemente punidas. Ou seja, sempre há uma leve ou drástica consequência. Pois mais caro que o patrimônio material, com certeza é o intelectual. E por isso, para que eu também não seja acusado, segue abaixo as fontes!

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