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- Análise: A Coroa de Ptolomeu, de Rick Riordan
Postado por: Maac Gouveia
quinta-feira, 30 de julho de 2015
Livro: A Coroa de Ptolomeu
Editora: Intrínseca
Autor: Rick Riordan
Páginas: 63
Sinopse: Em seu primeiro encontro, o semideus Percy Jackson e o mago Carter Kane tiveram que batalhar contra um crocodilo gigante em Long Island. Um mês depois, Annabeth Chase esbarrou na irmã de Carter, Sadie, no trem A para Rockaway, onde o par encontrou um deus chamado Serapis. Agora o problema começou a aparecer de novo, essa vez na Ilha do Governador. Um mago egípcio antigo chamado Setne voltou dos mortos e está experimentando com magia grega e egípcia, tentando se tornar um Deus. Ele é tão poderoso e ardiloso que os quatro - Percy, Annabeth, Carter e Sadie - têm que se juntar num time contra ele. Mas suas armas usuais e feitiços não funcionarão dessa vez. Serão os heróis derrotados por um quero-ser-deus que parece o Elvis ou eles irão vencer esse desafio? Contado a partir do ponto de vista de Percy, essa terceira história semideus-mago tem toda a coragem e ação que os fãs de Rick Riordan adoram.
É hora de finalmente vermos os quatro juntos.
Carter Kane e Percy Jackson – aparecidos em O Filho de Sobek – e Sadie Kane e
Annabeth Chase – reveladas em O Cajado de Serapis – têm um grande desafio pela
frente: impedir um cara maluco que parece o Elvis e voltou dos mortos de se
tornar imortal e destruir o mundo inteiro.
Conhecemos Setne – ou revemos, já que ele aparece
na série As Crônicas dos Kane – no fim do conto anterior e conhecemos também
seus planos: juntar mitologia grega e egípcia e com tal poder híbrido conseguir
dominar o mundo. Com o livro de Tot em mãos – Tot é o deus egípcio da sabedoria
– Setne descobre uma maneira de fazer isso através da Coroa de Ptolomeu.
Ptolomeu foi o general grego de Alexandre, o
Grande, e logo após conquistarem a Alexandria, ele tentou fazer uma mitologia
híbrida, misturando as religiões gregas e egípcias, para proclamar a si mesmo
como um Deus, tentar se tornar imortal. O plano consistia em fazer um pschent muito especial – a coroa dupla
do Egito: a parte de baixo é a coroa vermelha, a deshret, que representa o Baixo Império e a parte de cima a hedjet, uma coroa branca que representa
o Alto Império. Mas não deu muito certo. Naquela época a magia egípcia era
fraca e dissoluta. Mas agora Setne tinha a fórmula perfeita. Até o lugar era
perfeito: Ilha do Governador, entre o Brooklyn e Manhattan, “sede” de poder
egípcia e grega, respectivamente, em Nova York.
A única saída para os quatro era usar do mesmo
artefato que Setne estava usando: misturar as duas magias. É aí então que vemos
Carter usando o boné de invisibilidade de Annabeth, Annabeth lutando com a kopesh de Carter e conjurando mágica
egípcia, Sadie lendo palavras gregas e Percy fazendo uma coisa que nunca
imaginava – nem nós – que faria.
Ver os quatro juntos é realmente bem legal. O
quanto Annabeth e Carter são os cérebros da equipe e o quanto Sadie e seu jeito
elétrico e irreverente se parece com Percy. Eles funcionam muito bem juntos. O
conto em si é bem legal. Quase da mesma extensão que O Cajado de Serapis e com
muita ação e informação. O enredo que Riordan criou para essa série de contos –
provavelmente não haverá outros nesta mesma temática – é bem plausível e
interessante.
É engraçado – principalmente como Percy age e vê as
coisas – e praticamente todas as páginas tem alguma luta ou qualquer coisa que
deixe você apreensivo e queira ler tudo. São sessenta páginas que passam como
se parecessem bem menos. Chega até a ser fofo quando Percy cita certa coisa
sobre Sadie ou nostálgico quando ambos personagens lembram de suas últimas
batalhas – O Sangue do Olimpo, Gaia; A Sombra da Serpente, Apófis.
A história
pode até parecer mais egípcia que grega, mas mesmo que você não goste tanto da
série dos Kane – Eu, particularmente, acho as séries greco-romanas melhores –
vai gostar muito desses crossovers que
Riordan fez com maestria. Já anseio por mais e quero que sejam tão bons quanto
esse. Já quero até uma mistura grega, romana, egípcia e nórdica... Uma história
de Nico e Anubis, Khufu e Blackjack... Provavelmente Rick nos presenteará com
mais algumas histórias que envolva personagens de seus diferentes mundos.