Me segurei para não ler Fúria dos Reis logo em seguida do término da leitura do primeiro livro e conseguir(palmas!), mas a cada página que eu lia desse segundo livro, ia me arrependendo por ter conseguido aguentar tanto tempo.

 

    Um misterioso comenta vermelho atravessa o céu de Westeros e para cada personagem ele tem um significado diferente, mas será que ele não queria indicar apenas a guerra que estaria por vim? Robert Baratheon morreu e seu "filho" Joffrey assume o seu lugar. No entanto, parece que não é só ele que quer ser rei. Westeros está dividida: movido pela sede de vingança, Robb Stark se proclama Rei do Norte. Já os irmãos Baratheon não estão satisfeitos com Joffrey no reinado, enquanto Renly Baratheon afirma ser o melhor rei, Stannis Baratheon se diz rei por direito, já que Joffrey não seria filho de Robert e sim fruto de um incesto de Cersei e Jaime. Mas não podemos nos esquecer de Daenerys Targaryen que junto com seu khalasar e seus três dragões busca apoio para retornar a Westeros e tirar o rei usurpador do trono que antes era da sua família. E o que esperar dessa grande divisão? Guerra!

   

   Os patrulheiros decidiram sair em expedição ao norte da Muralha para investigar o desaparecimento de alguns patrulheiros, como Benjen Stark. Arya segue em viagem para Winterfell junto com Yoren e alguns novos recrutas da Patrulha e Sansa continua sendo mantida em Porto Real, para se casar com rei . Já o nosso querido anão Tyrion é enviado a Porto Real para ser nomeado Mão do rei, pro desgosto de Cersei, e tenho que admitir que ele roubou a cena diversas vezes.

   Neste livro, temos o ingresso de dois novos POV: Theon Greyjoy e Davos Seaworth. Com os POV de Theon, somos apresentados a Casa Greyjoy e com Davos a Pedra de Dragão, onde se encontra Stannis e Melisandre, a Sacerdotisa Vermelha seguidora de R'hollor. Vários outros personagens irão aparecer nesta segunda parte da série, como Brienne de Tarth e Jaqen H'ghar.

  A narração continua a mesma, com capitulo divididos pelo ponto de vista de determinado personagem, apresentando uma narrativa detalhada de um modo que consegue mexer com o leitor. Ao longo das páginas, conseguimos perceber o amadurecimento de vários personagens já apresentados em  Guerra dos Tronos e parabenizo Martin por criar personagens tão humanos e consistentes. Até apresentando mais páginas do que o seu anterior, é um livro no qual ao se lê a primeira página, na mesma hora  o leitor mergulha-se na trama e quando dar por si, já está no final. A magia foi algo bem abordado desta vez, com a Casa dos Imortais e a Sacerdotisa Vermelha, Melisandre.

  Para terminar, A Fúria dos Reis é um livro surpreendente que trouxe várias surpresas e reviravoltas na trama, ao termina-lo eu sentir a necessidade de pegar o próximo volume e começar a lê-lo na hora , ainda mais por causa dos capítulos finais. E uma coisa eu digo, nas Crônicas de Gelo e Fogo, não existem vilões ou mocinhos, apenas pessoas que lutam para conseguir o que desejam e ah, cuidado pois o inverno a cada dia está chegando mais próximo.                                                                    

"Numa sala estão sentados três grandes homens, 

um rei, um sacerdote um homem rico com o seu ouro.

Entre eles está um mercenário, um homem pequeno, 

de nascimento comum e sem grande inteligência. 

Cada um dos grandes pede a ele para matar os outros dois. 

"Faça isso", diz o rei, "pois eu sou seu governante por direito".

 "Faça isso", diz o sacerdote, "pois estou ordenando em nome dos deuses".

 "Faça isso", diz o rico, "e todo este ouro será seu". 

Agora, diga-me: Quem sobrevive e quem morre? "

- Varys( A aranha)