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- Resenha: O Atlas Esmeralda, de John Stephens
Postado por: Maac Gouveia
segunda-feira, 26 de novembro de 2012
Livro: O Atlas Esmeralda
Série: Os Livros do Princípio
Editora: Suma de Letras
Autor: John Stephens
Páginas: 296
Sinopse:
Há dez anos, numa noite de inverno, os irmãos Kate, Michael e Emma foram tirados de suas camas às pressas, perseguidos por criaturas estranhas e levados para longe de seus pais, os quais nunca mais viram. Desde então, os três passaram todo esse tempo vivendo em vários orfanatos sem saber o que de fato aconteceu naquela noite. Kate, a mais velha, é a única que tem lembranças dos pais, a quem jurou proteger seus irmãos a todo custo até que a família estivesse reunida novamente; Michael, o do meio, adora o mundo dos livros e histórias de magia e é sempre alvo de implicância dos garotos mais velhos; e Emma, a mais nova, é uma verdadeira encrenqueira, mas de grande coração. Quando chegam a uma mansão abandonada, os irmãos encontram um atlas encantado que os faz viajar no tempo e os leva para uma terra habitada por gigantes, anões, lobos famintos, crianças prisioneiras e uma condessa que é a fonte de todo o Mal. Assim, as crianças que apenas buscavam o paradeiro de seus pais acabam tendo que salvar o mundo.
A fórmula já é bem conhecida: pequenos e
quase indefesos órfãos, pulando de orfanato a orfanato, até que encontram um
desses misteriosos e lá acontecem misteriosas coisas. Eu resumiria O Atlas
Esmeralda nisso, só que mesmo assim, ele não se iguala aos outros. Como diria a
frase do The Wall Street Journal, que consta na capa do livro, a
narrativa é o que faz uma grande história, e a narrativa de O Atlas Esmeralda é
soberba.
Confesso. O sono apareceu algumas vezes
para mim durante a leitura e eu não conseguia ler mais que dois capítulos - a
não ser que fosse cena de ação - pois a linguagem era tão elaborada que meus
olhos pesavam. Entretanto, como já falei, as cenas de ação me prendiam e eu
conseguia imaginar cada detalhe, com nitidez, com as sensações que eram
demonstradas.
Falando agora do livro, ele conta a
história de três irmãos, Kate, Michael e Emma. Kate, a maior de todas, sente
como se ela fosse a protetora de todos eles e tenta sempre não deixar nada de
mal acontecer. Michael, é aquele que não larga o livro de debaixo do braço,
especialmente um que fala sobre anões. E Emma, que foi a personagem que mais me
cativou, é espontânea, divertida e faz o livro ficar um pouco mais alegre.
Ao serem transferidos mais uma vez de
orfanato, dessa vez para um orfanato em Cambridge Falls, os meninos acabam
conhecendo Dr. Stanislau Pym e também um atlas. Um poderoso e velho atlas que
serve de teletransporte e te leva ao passado ao colar uma fotografia no livro.
Quando eles voltam no tempo ao pegar uma foto de anos atrás e Michael acaba
ficando preso no tempo, a aventura começa. Eles conhecem a Condessa e o que era
uma simples busca pelos pais, acaba virando uma coisa bem pior.
Uma coisa que achei que Stephens fez bem
feito, fora explicar sobre Os Livros do Princípio. Os Livros do Princípio, que
é o nome da saga, foram três livros, perdidos a muito tempo que tinha poderes
diversos. O primeiro, por exemplo, O Atlas Esmeralda, é de viagem no tempo, mas
ainda há outros dois. Todos eles, segundo o livro, foram perdidos no grande
incêndio da biblioteca de Alexandria e daí, sociedades de magia passaram a
protegê-lo. Detalhe: Esse primeiro livro, é protagonizado pela Kate, que é quem
consegue manejar o livro, assim digamos. Cada livro da trilogia será
protagonizado por um irmão.
Analisando toda a obra, ela é muito boa
sim. Mesmo com clichês básicos e comparações com Nárnia, por exemplo, (que é
inevitável, já que trocando peças chaves a história é basicamente a mesma), o
livro se torna diferente. Com uma estética perfeita, que inclui pequenos
desenhos simbolizando cada início de capítulo, tem uma história muito boa. Mal
posso esperar para os outros livros chegarem ao Brasil.