Postado por: Maac Gouveia quinta-feira, 29 de novembro de 2012



Filmes, séries, graphic novels, animações... As obras agora sempre acham um jeito de se reinventarem. Parece que é necessário esse apelo visual, ver as cenas não apenas em nossa imaginação, mas sim elas "realmente" acontecendo. Essa coluna representará realmente isso: as adaptações dos livros para o cinema. Ruins ou boas. Não importa.

Observação: O filme aqui falado, não é um livro. Explicação do porquê dele nessa coluna, segue no texto.

Sinopse:
Em um futuro próximo, o envelhecimento passou a ser controlado para evitar a superpopulação, tornando o tempo a principal moeda de troca para sobreviver e também obter luxos. Assim, os ricos vivem mais que os pobres, que precisam negociar sua existência, normalmente limitada aos 25 anos de vida. Quando Will Salas (Justin Timberlake) recebe uma misteriosa doação, passa a ser perseguido pelos guardiões do tempo por um crime que não cometeu, mas ele sequestra Sylvia (Amanda Seyfried), filha de um magnata, e do novo relacionamento entre vítima e algoz surge uma poderosa arma com o sistema e organização que comanda o futuro das pessoas.

Não, esse filme não foi baseado num livro e nem o contrário. É apenas um filme que eu acho que deveria virar um livro. Ser mais explorado. Por que para mim, ele tem potencial para isso. Mesmo que esse mercado de transformar filmes em livros seja pouco - ao contrário do de livros para filmes - acho que deveriam ter mais desse tipo. Do mesmo jeito que queremos ver os personagens, as situações, os acontecimentos de um livro sendo retratados, queremos ver também um aprofundamento, que só um livro dá. E é por isso que há alguns filmes que também entram no mercado literário. 

Nesse caso, o preço do amanhã é uma distopia. E talvez seja por isso que eu tenha gostado tanto. Num futuro próximo, em meados de 2051, todos nascem geneticamente modificados, fazendo com que a partir dos 25 anos, sejamos imortais, contanto que tenhamos tempo. As pessoas trabalham para receberem tempo, pagam com o tempo, ou seja, o tempo nada mais é do que uma moeda. E por isso a vida é o maior bem que alguém pode ter.

O país é dividido em zonas do tempo. Tendo as mais pobres e também as mais ricas, onde uma simples comida, por exemplo, pode custar anos, ou até dezenas. E é nesse mundo que vive Sylvia Weis, dona de um dos empresários mais famosos - ele tem bancos que guardam tempos. Acostumada a viver na riqueza, sem fazer o mínimo esforço para ganhar um segundo a mais, ela conhece Will Salas, de um modo não tão legal, que é totalmente o oposto dela em relação a sua classe social.

Li algumas críticas, ou parte delas, sobre esse filme. Foram tantas negativas que eu não consigo entender... Sim, o filme tem uma pitada de Robin Hood, já que Will tem esse papel, o de tentar deixar tudo equilibrado. Pelo menos para ele não há sentido na fato de que para poucos serem imortais, muitos têm que morrer. E pelo menos no que eu acho, o gênero de distopia funciona como uma crítica social e por isso era indispensável mostrar essa diferença de classes. Por outro lado, concordo quando dizem que não foi bem elaborado, bem construído, mas de qualquer maneira, não dá para passar tanta coisa por meio de um filme, que tem menos de duas horas.

Por isso, a solução seria virar um livro! E eu e muitos outros certamente compraríamos. Até por que, não há muitos fracassos em relação à isso, um exemplo de livro baseado em filme é A Garota da Capa Vermelha, também com Amanda Seyfried. Agora é esperar... Esse gênero está sendo tão difundido atualmente que não duvido nada que daqui a alguns dias, apareça um com a mesma temática tanto quanto ou até mais genial que O preço do Amanhã. 

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