Postado por: Maac Gouveia segunda-feira, 3 de agosto de 2015

Livro: A Vingança dos Sete
Série:  Os Legados de Lorien
Editora: Intrínseca
Autor: Pittacus Lore
Páginas: 285

Atenção, como se trata de uma série talvez possa ter spoilers sobre os livros anteriores!
( I - Eu Sou o Número Quatro
II - O Poder dos Seis
III - A Ascensão dos Nove
IV - A Queda dos Cinco)

Sinopse: O pior deveria ter acabado. Estávamos reunidos depois de uma década longe. Descobriríamos a verdade sobre o nosso passado. Estávamos treinando e ficando mais fortes a cada dia. Estávamos até feliz...

Nunca imaginamos que os Mogadorianos pudessem transformar um dos nossos contra nós mesmos. Fomos tolos ao confiar em Cinco. E agora Oito está perdido para sempre. Eu faria qualquer coisa para trazê-lo de volta, mas isso é impossível. Em vez disso, vou fazer o que for preciso para destruir cada um deles.

Eu passei a minha vida inteira me escondendo deles, e eles levaram tudo de mim. Mas isso vai acabar agora. Nós vamos levar a batalha até eles. Temos um novo aliado que conhece suas fraquezas. E eu, finalmente, terei o poder de revidar.

Pegaram Número Um na Malásia.
O Número Um foi capturado na Malásia.
O Número Dois, na Inglaterra. 
Número Três, no Quênia.
E o Número Oito, na Flórida.
Eles mataram todos eles.

Eu sou a Número Sete.

Vou fazê-los pagar.

O cerco está se fechando cada vez mais... Ella está nas mãos de Setrakus, Oito está morto e Cinco é um traidor que se vendeu para o ProMog – Progresso Mogadoriano – e mesmo com alguns aliados improváveis, como antigos inimigos e Adam Sutekh, um mog, filho de um importante capitão, o avanço de Ra e a invasão à Terra é inevitável. Eles estão se preparando para atacar. Assim como a Garde também está consciente de sua responsabilidade de salvar o planeta.
É difícil resenhar o livro sem dar muitos spoilers, tendo em vista que estamos no quinto livro da série – terá sete livros no total, pelo menos isso que foi revelado por Pittacus Lore, pseudônimo de James Frey e Jobie Hughes, até o momento – e tanta coisa já rolou e incrivelmente ainda tem para rolar... O livro é bem leve, cheio de ação, carregando consigo a energia de todos os livros anteriores e mesmo tendo 285 páginas – número razoável de páginas comparado com os outros, seu antecessor, por exemplo, tem 288 páginas – parece mais rápido que o usual.
É incrível como a história é ótima e cheia de segredos, por isso os autores conseguem escrever tantos livros sem parecer que estão nos enrolando tanto... Nesse livro temos muita coisa para processar. Tem um enredo mais conspiratório, mais pesado. Marina e seu novo Legado, Ella e sua estranha relação com Setrakus Ra, que envolve muito da visão que ela teve no último livro, novos aliados e uma descoberta sobre os pingentes e os itens das arcas que pode mudar o rumo de toda a guerra. Além de uma reviravolta na estratégia da Garde: eles não vão mais se esconder, vão se mostrar.
Achei legal exatamente essa reviravolta na abordagem da Garde e do que acontece no final do livro – decorrente desse mistério dos pingentes que envolve um antigo templo maia – que dá muito pano para manga. As relações entre os personagens também são bem mostradas, sem deixar de lado a ação, que é o que eu diria que define a série. Porém não gostei de alguns detalhes...
Marina, por exemplo, e seu novo legado que foi pouquíssimo explorado. O título do livro – A Vingança dos Sete – e o final do último livro dá a entender que Marina, a Número Sete, irá rebelar-se e vingar-se de geral, mas o que ela faz não ultrapassa muito de um comportamento antipático como uma fina camada de gelo que rapidamente quebra-se. Outro detalhe foi o de Sarah não aparecer tanto, ter sido realmente deixada do lado, o que dá uma sensação de que a personagem chega a ser descartável à essa altura. Espero que essa sua aventura à parte seja material para mais um d’Os Arquivos Perdidos, uma série spin-off de Os Legados de Lorien.
Se eu acompanho a série até aqui e sempre com notas boas e diversos elogios é porque a recomendo altamente. É uma aventura eletrizante, cheia de mistérios e que parece um poço sem fim cheio de possibilidades para novas histórias. James Frey e Jobie Hughes criaram realmente um mundo inteiro, um universo, para ser mais preciso, e até escrevem sob um pseudônimo que é o nome de um ancião lórico... É tudo tão palpável que parece até real. Não precisa gostar de alienígenas para gostar dessa série, só precisa gostar de uma boa história cheia de ação e aventura.


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